O pau-brasil ou pau-de-pernambuco, também chamado arabutã, ibirapiranga, ibirapitá, ibirapitanga, orabutã, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado, é uma árvore leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil. Segundo alguns estudiosos, “Brasil” deriva do francês brésil, que deriva do toscano verzino, nome da madeira utilizada na tinturaria na Itália. Verzino, por sua vez, deriva do árabe wars, que designa uma planta tintória do Iêmen.
Outra versão aponta que a palavra se origina do português Brasa, ou abrasado, devido à tonalidade escura da madeira. Paubrasilia é o gênero da árvore. Já Echinata significa “com espinhos”, uma referência ao fato de as vagens do pau-brasil terem espinhos. “Arabutã”, “ibirapitanga”, “ibirapiranga”, “ibirapitá” e “orabutã” são derivados dos termos tupis ïbi’rá (“pau”) e pi’tãga (“vermelho”).
Em alguns idiomas, como o francês e o italiano, a árvore do pau-brasil chama-se “pernambuco”, devido ao fato de a Zona da Mata pernambucana, à época do Brasil Colônia, ter sido o local de maior incidência de pau-brasil, que era de uma qualidade tão superior que regulava o preço no comércio europeu. A árvore alcança entre dez e quinze metros de altura e possui tronco reto, com casca cor cinza-escuro, coberta de acúleos, especialmente nos ramos mais jovens. As folhas são compostas bipinadas, de cor verde médio, brilhantes. As flores nascem em racemos eretos próximo ao ápice dos ramos. Possuem quatro pétalas amarelas e uma menor vermelha, muito aromáticas; no centro, encontram-se dez estames e um pistilo com ovário súpero alongado.
Os frutos são vagens cobertas por longos e afiados espinhos, que devem protegê-los de pássaros indesejáveis, pois estes comeriam os frutos. Contém de uma a cinco sementes discoides, de cor marrom. A torção do legume, ao liberar as sementes, ajuda a aumentar a distância da dispersão.